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Nos primeiros cinco meses deste ano, 11 famílias foram desestruturadas devido à morte de mulheres que eram mães e foram assassinadas por homens que eram seus companheiros ou ex-companheiros. Somente ontem (19), dois feminicídios ocorreram em cerca de 24h.
Muito além dos traumas emocionais, a falta dessas figuras maternas gera um desequilíbrio em toda a família, tendo em vista que geralmente elas eram as principais provedoras.
O Governo do Distrito Federal (GDF) possui o programa Acolher Eles e Elas, voltado para auxiliar no sustento daqueles que ficaram. Por meio do programa, cada órfão recebe um salário mínimo mensal. O alvo são menores de 18 anos, ou jovens de até 21 anos em condições de extrema vulnerabilidade socioeconômica.
A Lei nº 7.314, que trata do auxílio financeiro, é mais uma política pública de assistência às vítimas realizada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para amenizar os impactos psicológicos das crianças e jovens.
A maioria das vítimas não procurou ajuda policial após as primeiras agressões. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), em 88,9% dos casos, as vítimas não haviam registrado ocorrência contra o agressor e 44,4% sofreram violência anterior ao feminicídio.
As armas brancas foram os instrumentos mais utilizados para cometer os crimes. A maioria dos feminicídios foi cometida com arma branca (44%), em segundo lugar, as vítimas foram mortas por asfixia (22%), agressão física (22%) e arma de fogo (11%).
Uma das maiores dificuldades de evitar esse tipo de crime é que eles ocorrem dentro das residências, em 44% dos casos, o crime ocorreu dentro de casa.
Além dos 11 casos confirmados, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) ainda investiga um possível feminicídio. O caso envolve uma mulher que foi encontrada morta, no dia 9 de abril, perto de um córrego no Park Way, com um fio amarrado no pescoço. As investigações seguem em sigilo.