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Os professores da rede pública do Distrito Federal decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (2) por tempo indeterminado. A Secretaria de Educação do DF vai entrar na Justiça contra a decisão, tomada na manhã de ontem (27), durante assembleia do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF).
Segundo o Sinpro, uma das pautas prioritárias da campanha salarial do magistério é a reestruturação da carreira, a ideia é dobrar o vencimento-base da categoria.
Entre os principais pontos da reestruturação da carreira estão o achatamento dos padrões de 25 para 15 e a chegada mais rápida ao topo da tabela salarial; a ampliação do percentual de mudança entre padrões, além de, no mínimo, dobrar os percentuais de titulação (especialização, mestrado e doutorado). Os pontos convergem na valorização profissional e, consequentemente, na promoção.
A Secretaria de Educação afirmou que vai entrar com medidas judiciais contra a greve “por entender que o movimento possui caráter abusivo, ilegal e desproporcional”. Leia a nota:
“A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal informa que ingressará com medidas judiciais contra a greve deflagrada pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), por entender que o movimento possui caráter abusivo, ilegal e desproporcional, com impactos diretos sobre o funcionamento da rede pública e prejuízos irreparáveis aos estudantes e suas famílias.
A paralisação, convocada exclusivamente pelo sindicato, ocorre em um momento de avanços concretos para a categoria, justamente quando o Governo do Distrito Federal cumpre o pagamento da última parcela do reajuste de 18% e da penúltima etapa de incorporação da Gratificação de Atividade Pedagógica (Gaped) — medidas que beneficiam milhares de profissionais da ativa, aposentados e pensionistas.
Desde 2023, foram pagos 12% de reajuste salarial, e em julho de 2025 será implementada a terceira e última parcela de 6%, totalizando 18% de ganho linear. Paralelamente, a maioria do valor originalmente pago como Gaped já foi incorporada ao vencimento básico da carreira, faltando apenas a penúltima e a última parcela para que a incorporação seja concluída em janeiro de 2026. Essas medidas representam um ganho estrutural de 30% sobre a base salarial de 2023″.