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O vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), deputado Ricardo Vale (PT), esteve reunido com ambulantes e artistas que trabalham no Eixão do Lazer para debater sobre as novas regras do Plano de Uso e Ocupação do local divulgado Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF).
Durante a reunião os trabalhadores revelaram uma série de problemas no novo plano de gestão. Segundo eles as mudanças desconfiguram o tradicional local de lazer e inviabilizam o trabalho de artistas e comerciantes que dependem das programações para garantir sua renda.
Os participantes destacaram diversos problemas, como a separação entre os locais de apresentação musical e o comércio de produtos e serviços. Eles também criticam as dificuldades em cumprir as normas para a instalação das estruturas dos eventos musicais, barracas e food trucks. Outro problema logístico decorrente do plano é a descarga das mercadorias dos vendedores, que terá que ser feita em locais distantes.
Entre as regras está a delimitação dos pontos para a realização de eventos musicais na SQN 113, na SQN 204 e na SQN 207. De acordo com os ambulantes isso limitou o espaço de trabalho deles. Maria do Perpétuo Socorro Souza, uma das ambulantes presentes, destacou a gravidade da situação.
“Se os eventos ficarem distantes, meu trabalho será diretamente afetado. Precisamos de mais espaço e mais clareza para continuar trabalhando e oferecendo nossos produtos à população”.
Outro ponto importante destacado por eles é a falta de condições básicas para eles. Um participante apontou a incoerência do poder público de estabelecer tantas restrições e não oferecer as contrapartidas mínimas, como a instalação de banheiros químicos. “É uma questão de humanidade. Precisamos de espaços adequados para vender nossos produtos”.
Os apontamentos feitos durante o evento foram acolhidos por Ricardo Vale.
“Basta ir ao Eixão do Lazer para constatar que o novo plano não tem correspondência com a realidade. Os trabalhadores temem que, se ele for executado, perderão as condições mínimas para exercer suas funções. O novo plano tem sérios problemas, como a proibição de barracas fixas, que é um grande problema para os ambulantes e para segurança dos usuários, além das dificuldades logísticas e da separação das atividades comerciais das apresentações culturais”.
O deputado se comprometeu a reunir todas as sugestões e preocupações apresentadas em um documento formal, que será encaminhado ao Governo do Distrito Federal (GDF), ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e à Casa Civil. O objetivo é garantir que o novo plano contemple as necessidades de todos os envolvidos, sem prejudicar o acesso e a liberdade dos moradores.