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Após oito dias de prorrogação do prazo de transferência, o Consórcio Catedral assumiu neste domingo (1º) a gestão da Rodoviária do Plano Piloto pelo prazo de 20 anos. Durante 90 dias o local foi gerido pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) e pelo consórcio.
O secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, ressalta que a população será beneficiada com a nova gestão.
“As primeiras melhorias que a população deverá notar é a recuperação de equipamentos como as escadas rolantes e elevadores além do aspecto de segurança e organização do terminal”.
Mesmo antes de assumir definitivamente a rodoviária, nos últimos 90 dias a concessionária atuou em gestão compartilhada com o GDF e realizou diversas melhorias no local. Uma das novidades é a sala multissensorial, ambiente dedicado ao acolhimento de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) e outras neurodivergências. A sala foi projetada pela mesma empresa que implantou uma unidade semelhante no Aeroporto de Congonhas.
Cronograma de investimentos
A concessionária terá o prazo de seis anos para executar os investimentos. De acordo com o cronograma do projeto, além da manutenção dos serviços essenciais, nos primeiros dois anos deverão ser investidos R$ 7 milhões na implantação de infraestrutura dos estacionamentos e do sistema operacional da rodoviária. Enquanto isso, o prédio estará passando por reforma, com investimentos de R$ 57,7 milhões e a previsão é de terminar essa fase em três anos. Já a recuperação geral da estrutura e modernização do complexo deverá estar pronta em quatro anos, com mais R$ 54,9 milhões em investimentos.
O complexo concedido inclui os estacionamentos superiores e inferiores próximos ao Conjunto Nacional e ao Conic, no Setor de Diversões, que serão modernizados e passarão a ser rotativos. As três áreas somam 2.902 vagas, sendo 1.179 vagas no SDN, 1.015 vagas no SDS e 708 vagas na plataforma superior. A concessionária poderá explorar diretamente ou terceirizar a gestão dos espaços.
Além de investir na recuperação e modernização do complexo da Rodoviária do Plano Piloto, a concessionária terá de pagar ao GDF o correspondente a 12,33% sobre a receita bruta da rodoviária. É o chamado valor de outorga, que será pago em parcelas anuais durante o período de 20 anos da concessão. As receitas da concessionária serão provenientes principalmente de aluguéis, publicidades e estacionamentos rotativos, entre outros serviços.
Inaugurado há quase 65 anos, pela primeira vez o local deixa de ser administrado diretamente pelo poder público e passa para o setor privado. O grupo empresarial venceu a concorrência nacional pela concessão e deverá investir R$ 120 milhões na recuperação, modernização, e conservação da rodoviária, além de manter o sistema operacional e de comunicação com os usuários.