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O Governo de Goiás, por meio da Receita Estadual e da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), deflagrou nesta quinta-feira (5) a Operação Carbon, que investiga um esquema de sonegação fiscal estimado em R$ 16 milhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
As apurações apontam que o grupo investigado movimentava empresas do setor de madeira e carvão vegetal em situação fiscal irregular desde 2018, com atuação concentrada nos municípios de Anápolis e Aparecida de Goiânia.
Iniciada em 2023, a operação é o resultado do trabalho conjunto da Secretaria da Economia, em parceria com a Gerência de Inteligência Fiscal e da Coordenação do Agronegócio, com a DOT. O titular da Delegacia Regional de Fiscalização (DRF) de Anápolis, Newton Ferreira Neto, explicou que a investigação começou a partir da análise de malhas fiscais.
“Detectamos empresas com diversas irregularidades e, nos desdobramentos, identificamos que o grupo utilizava funcionários e familiares para abrir novas empresas. Além disso, emitiam notas fiscais frias e manipulavam valores para omitir o pagamento do ICMS”, relatou.
O grupo investigado é suspeito de usar empresas “noteiras” e de incluir “laranjas” no quadro societário, com o objetivo de dificultar a atuação do Fisco Estadual.
Segundo o delegado Alexandre Alvim, responsável pela investigação na DOT, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Anápolis e Aparecida de Goiânia.
“Os envolvidos podem ser indiciados pelos crimes de sonegação fiscal, associação criminosa e lavagem de dinheiro”, afirmou o delegado.