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Morreu nesta sexta-feira (23), o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, aos 81 anos. A informação foi confirmada pelas redes sociais do Instituto Terra, organização fundada por ele e por sua esposa, a arquiteta e curadora Lélia Wanick Salgado.
“Com imenso pesar, comunicamos o falecimento de Sebastião Salgado, nosso fundador, mestre e eterno inspirador”, diz a nota publicada pela entidade. Sebastião deixa a esposa e dois filhos.
Nascido em Aimorés, no interior de Minas Gerais, Salgado se tornou um dos nomes mais respeitados da fotografia mundial, com obras voltadas principalmente para as temáticas social, humanitária e ambiental. Entre seus trabalhos mais emblemáticos estão os livros Outras Américas, Trabalhadores e Serra Pelada, que retratam com sensibilidade e impacto a realidade de populações excluídas e ambientes extremos.
Nas redes sociais, o Instituto Terra destacou o legado do artista e o trabalho conjunto com Lélia.
“Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora”, destaca a nota.
Além da fotografia, Salgado também teve sua vida e obra retratadas no cinema. Em 2015, o documentário O Sal da Terra, dirigido por seu filho Juliano Salgado em parceria com o cineasta alemão Wim Wenders, foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário.
Sebastião Salgado deixa um legado marcado pela arte, pela consciência social e pelo compromisso com a transformação do mundo.