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Desde as primeiras horas desta quarta-feira (14), agentes da Polícia Civil do Distrito Federal cumprem 22 mandados de prisão temporária e 29 de busca e apreensão em diversas regiões administrativas do Distrito Federal, entre elas: Paranoá, Ceilândia, Águas Claras e Samambaia, além de Aparecida de Goiânia (GO).
A Operação Monopólio também resultou no bloqueio de 26 contas bancárias e no sequestro de bens como imóveis, veículos e estabelecimentos comerciais.
O alvo principal da ação é uma advogada, segundo a Coordenação de Repressão às Drogas (Cord). Ela extrapolava o papel jurídico e atuava ativamente na lavagem de dinheiro da organização criminosa.
Quatro mandados de busca foram cumpridos em endereços, residenciais e comerciais, ligados à advogada Ainda de acordo com as investigações, ela é apontada como uma das pessoas mais próximas de Fabiano da Silva Lira, conhecido como “Chucky”, líder do grupo criminoso responsável por controlar pelo menos 25 pontos de venda de drogas na Estrutural.
A principal missão dela seria garantir que nenhum preso entregasse o Chucky. Desta forma, ela assumia a assessoria jurídica dos presos, desde o momento da prisão até a audiência de custódia. Por sua notoriedade entre os criminosos locais, a advogada ganhou os apelidos de “Deolane da Estrutural” e “Bibi do Pó”.
A PCDF descobriu que a quadrilha utilizava laranjas e pontos comerciais para a lavagem de dinheiro oriundo da venda de drogas: maconha, cocaína e crack. Os investigadores estimam que o esquema tenha movimentado cerca de R$ 150 milhões nos últimos dois anos, utilizando uma rede de pontos de venda espalhados estrategicamente pela cidade. A organização também contava com um braço armado responsável por garantir o domínio sobre as bocas de fumo por meio de ameaças e violência.